Preto Velho

Os pretos(as) velhos(as) são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos vindo de diversas nações africanas como escravos, transformados em mercadorias, seres ditos “sem alma”, apenas objetos de venda para o trabalho.

Viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".

Com dificuldade foram pouco a pouco sobrevivendo e constituindo seu culto aos Orixás e antepassados, ensinando aos mais jovens e, através do sincretismo, a preservarem sua cultura e religião.

Apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria. São mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.

Quando falamos em Preto Velho normalmente é isto que nos vem à memória: calma, sabedoria, humildade e caridade. Conselheiro, amigo acolhedor e confidente, mas também um espírito forte que luta contra o mal sob a proteção dos orixás da Umbanda.

A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma. Ajuda a todos que necessitam e o procuram, independente de cor, sexo ou religião.

Na Umbanda os Pretos velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.