Caboclo

As entidades assim denominadas que se apresentam nos terreiros de umbanda são espíritos com um certo grau espiritual de evolução.

São considerados espíritos de índios que já morreram e que viraram guias de luz que voltam à Terra para prestar a caridade ao próximo. Ou almas de pessoas que assumiram a roupagem fluídica de caboclo como instrumento de ideal, sendo assim nem todo Caboclo foi indígena um dia. São da Linha das Matas. 


Apresentam-se altaneiros, dando o seu grito de guerra e gesticulando como se lançassem suas flechas. Normalmente seus conselhos visam a melhorar o ânimo dos mais necessitados. A imagem quase sempre condiz com a figura do bom selvagem romantizado, belo, puro, nobre e arrojado. São espíritos sérios e bastante contidos. Normalmente os consulentes os tratam com muito respeito e até algum temor.

Geralmente se utilizam de charutos para provocar a descarga espiritual de seu médium e também do seu consulente. Alguns assoviam, outros bradam no ato da incorporação. Costumam ser bastante sérios nos seus conselhos. São considerados, portanto, grandes trabalhadores dos terreiros.

Na Umbanda, eles representam a jovialidade, a força, a juventude, o período mais longo de nossas vidas, onde adquirimos o senso de responsabilidade, formação sólida de caráter e onde toda a nossa inteligência e conhecimento transmutam-se em sabedoria. São espíritos que se apresentam de forma séria, exímios trabalhadores nas demandas, curas e limpezas etéreas, muitos caboclos apresentam-se como verdadeiros conselheiros, amigos, sempre dispostos a fornecer uma palavra de coragem e ânimo, outros caboclos já não são muito de consultas, atuam mais no desmanche de feitiços e outras cargas deletérias que absorvemos direta ou indiretamente do astral.